quarta-feira, 1 de julho de 2009


É comum ouvir ou ler frases do tipo: "o processador é o cérebro do computador." Apesar de uma boa metáfora, até agora a maior proximidade que nosso cérebro e os processadores dos computadores haviam alcançado não passava muito dessa figura de linguagem.

Graças a pesquisas no campo da neurociência, isto está começando a mudar. Cientistas do MIT utilizaram um modelo computacional de como o nosso cérebro processa as informações visuais para resolver um problema real, mas extremamente complexo: reconhecer objetos em uma rua movimentada.

A julgar por esta primeira experiência, o impacto que a neurociência pode exercer sobre a ciência da computação, e especificamente sobre a inteligência artificial, é enorme. Os pesquisadores ficaram surpresos com a qualidade dos resultados.
"As pessoas vêm falando sobre os computadores imitarem o cérebro por muito tempo," comenta Tomaso Poggio, coordenador da pesquisa. Foi a possibilidade de se criar a inteligência artificial a partir do funcionamento do cérebro humano que motivou Alan Turing nos anos 1940. "Mas, nos últimos 50 anos, a ciência da computação e a inteligência artificial têm se desenvolvido de forma independente da neurociência. O nosso trabalho é ciência da computação biologicamente inspirada," afirma ele.

O programa foi capaz de aprender a identificar os objetos que comumente ocorrem em uma rua, como pessoas, carros, bicicletas e até árvores na calçada. Quando comparado com os sistemas de visão artificial tradicionais, muito utilizados na indústria, o modelo biologicamente inspirado mostrou-se extremamente versátil.


Comentário:

Embora a inteligência artificial por si só seja um campo de pesquisas de grande importância, esta união com a neurociência deverá ter grande impacto sobre o campo da visão artificial, ou visão computacional. Trazendo novos avanços e programas cada vez mais capacitados e idenpendentes.

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